quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Me apaixonei pelo meu melhor amigo.




Por Leriane Nunes                

    Havia centenas de problemas me rodeando feitos abutres, centenas de amores fracassados, centenas de desventuras, centenas de centenas de coisas infelizes e errantes. E um único apoio. Um único amigo. O único que sabia me fazer sorrir como ninguém, enquanto todos os meus catastróficos amores me puxavam para as profundezas de sei lá onde. Meu amigo era uma das poucas coisas que eu podia chamar de meu (uma coisa da qual eu tinha orgulho de fazer). Meu amigo só me entendia e me apoiava... E o que mais eu podia precisar?
      Ele me dizia “Te amo” todos os dias e todas as noites. Todas as horas... Todos os minutos. Não de um jeito meloso, mas como uma forma de dizer: “Estou contigo para o que der, par o que vier, para o que não vier e para o que não der.” E o que mais eu podia querer?
   Meu amigo sempre aturava meus momentos de insanidade, me escutava enquanto desabafava milhares de frustrações rotineiras e sempre me passava os melhores conselhos e ótimas broncas. Sabia meus maiores defeitos e as minhas mais belas qualidades. Sabia meus gostos e desgostos.
    Meu amigo fazia coisas por mim que nem as pessoas, que tecnicamente deveriam ser mais e fazer mais que um amigo, se disponibilizavam a fazer. Mudava planos só para cuidar de mim. Às vezes tenho a sensação de que me daria todos os planetas se eu assim quisesse. E às vezes eu acho que poderia fazer o mesmo por ele.
    Sabe... Quando alguém é o que você precisa, exatamente no momento em que precisa, você passa a amar e dar uma importância muito grande a esse alguém. E passa a desejar sua companhia sempre.
   Meu amigo me fazia tão feliz, me fazia tão bem, me completava com tanta precisão que... Santo Deus! Eu me apaixonei pelo meu melhor amigo.


  (Em homenagem a Thayná Mendonça e seu melhor amigo, e atual namorado, Douglas)

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