segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Após os Dezoito

Um texto de Leriane Nunes  

     Lembro-me dos tempos em que minha mãe ainda possuía o poder de me livrar das coisas ruins. Quando ainda podia me proteger no seu circulo de amor maternal, livrando-me de todo o mal. Antes das coisas começarem a sair de seu controle.
    Agora o mal escorre pelos seus dedos e ela nada pode fazer para me defender. Não há jeito. A partir de agora tenho que enfrentar sozinha meus próprios problemas. Tenho eu mesma que me defender. Equilibrar-me sobre minhas próprias pernas e andar com meus próprios pés. Um ato de coragem, devo dizer.
    A verdade é que eu preferia ser pequena sempre. Ser cuidada sempre. Mas o tempo não para. O futuro vem rápido demais e, se você não estiver preparada, ele te atropela. E eu preciso crescer. Desapegar de certos hábitos. Começar a fazer coisas que nunca foram feitas antes – arrumar um emprego, por exemplo. – e deixar de fazer coisas que se fazia sempre.
  Crescer, crescer, crescer. Estou crescendo.
  Eu estou, definitivamente, crescendo. E isso é uma droga!

2 comentários:

  1. texto lindo! tb amo escrever, to seguindo aqui
    da um pulinho no meu tb, bjss
    www.sweet-necessaire.blogspot.com

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